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Respostas Finais (Relato de Regressão, parte XII)

Aqui fiz minha última sessão de regressão, e aproveitei para perguntar algumas coisas (sim, descobri quem foi o Mestre do Barco).



Aurora


Nome Aurora.

Aurora é o nome da minha irmã.

Usamos vestidos do século XVII, ela usa um vestido verde e eu uso um branco, estamos brincando no jardim.


Alguém me pegou no colo, acho que vão me raptar.

Me raptaram porque minha família é muito rica e querem resgate.

Estamos na França.


Acho que sou vendida como escrava, me vejo mais velha, bastante amargurada, não consegui reencontrar minha família e fiquei com raiva, porque minha irmã viu quem tinha me raptado, mas nunca ninguém veio atrás de mim.


Fui trabalhar em uma taverna, na beira de um cais.


Eu queria vingança contra minha família. Não pareço sentir raiva de quem me sequestrou, eu sinto raiva é da minha família, pois nunca vieram me resgatar.

Paguei uns capangas para encontrar minha irmã, para bater nela.


Acho que eles acabaram matando minha irmã, que já estava casada e grávida do 1° filho.


Com isso me senti vingada, porque tinha causado dor nos meus pais e tinha me livrado da minha irmã. Mas ao mesmo tempo em que me sentia vingada, também me sentia extremamente miserável.


Morri de tuberculose ou de tifo, não sei, alguma coisa com T. Sozinha, não tinha nem 20 anos direito, num quarto horroroso, sem janelas, sujo.


Alberto já estava lá, sentado, olhando para mim.


Quando eu olhei para ele, sentei na cama e me senti muito envergonhada. Alberto falou que a gente precisava ir, e eu disse que não poderia ir a lugar algum, pois eu era uma assassina.


Ele insistiu que eu precisava ir porque se ele me deixasse ali sozinha, eu iria me enfiar em encrencas, como era um costume meu, e que isso não traria nenhum proveito.


Ele está bravo comigo, não está feliz.


Tem outras pessoas no quarto também, num canto, parecem os capangas que eu tinha contratado, e eu vou na direção deles, e saímos dali. Pude ouvir o Alberto gritando atrás de mim.


Agora estou na beira de um cais bem velho, casas caindo aos pedaços. O céu é eternamente escuro.

Meus “amigos” avisaram que eu trabalharia ali agora, e eu pergunto: MAS EU VOU CONTINUAR FAZENDO A MESMA COISA QUE EU FAZIA QUANDO ERA VIVA? QUE BOSTA!


Eu fico ali trabalhando no boteco, mas minha função era especificamente receber pessoas e selecioná-las para que eles (os capangas) pudessem levá-las para algum lugar.


Um dia uma luz muito forte apareceu nesse bar, eu estava sozinha, limpando um copo sujo com um pano sujo.

Quem é você?, perguntei.


Apareceu um homem de pele negra e cabelo um pouco alto, olhos dourados, e disse que era para eu ir com ele.


Fiz essa captação enquanto estava rabiscando durante um encontro do Cura. Apenas deixei minha mão se mover como quisesse, e quando terminei, não entendi nada - e também não tive nenhuma mensagem desta pessoa.


Perguntei quem ele era, e ele disse que era meu pai.


Ele me acelera, diz que precisamos sair dali rápido, antes que alguém aparecesse.

Larguei o copo sujo no balcão e dei a mão para ele.



É um lugar com um céu bem limpo e estrelado, parece que está girando sobre a minha cabeça. Fiapos de nuvens passeiam por ele.

É a primeira vez que vejo o céu em muito, muito tempo.


Estamos em uma campina cheia de flores roxas. Comecei a rodar com os braços abertos, pois o lugar era lindo.

Tem um grupo de pessoas paradas mais adiante, mas eu não chego perto deles.

O cara que veio me buscar me diz em pensamento que eu devo ir até eles.

Cheguei perto e vi meus pais e minha irmã.



Meus pais me abraçaram, disseram que nunca desistiram de me procurar, mas tinham perdido o meu rastro completamente.

Eu não acredito neles, e não estou satisfeita.


Minha irmã está mais reservada, me olha em silêncio. Estou sem graça com ela, ela parece estar meio puta comigo. O cara que foi me buscar me diz que eu me prejudiquei porque eu encaminhei muitas almas para serem escravizadas pelos capangas do Umbral, e eu ainda não apresentava remorso por isso.


Estava anoitecendo e eu precisava tomar uma decisão logo, senão teria de voltar para o boteco.


Quero pedir desculpas para minha irmã, mas não sei como fazer isso.

Não consigo sair dessa cena. Sei que tenho pouco tempo para escolher, sei que eu tenho que pedir desculpas à minha irmã, mas não consigo fazer isso.


-E qual o motivo? (Regina, a terapeuta que conduz a investigação, pergunta)


Eu ainda sinto raiva dela (minha irmã). Ainda acho que ela poderia ter se empenhado mais com meus pais para me encontrar. A impressão que tenho é que eu sempre tive ciúme da relação dela com meus pais, sempre achei que meus pais davam mais atenção para ela do que para mim. Então o fato de eu ter sumido foi até um alívio para eles.


-Você precisa sair dessa situação (Regina).


Virei as costas para eles, mas aí vi o Alberto parado junto a uma árvore mais adiante. Ele está me olhando, e não está feliz.


Tento desviar dele, mas ele fala dentro da minha cabeça: eu precisava deixar para trás esse sentimento de raiva, de inferioridade e de abandono, porque as coisas não foram assim. Essa tinha sido a primeira vida que eu tinha escolhido fazer parte de uma família, e por isso eu sentia esse estranhamento, e meus pais também sentiam esse estranhamento em mim, pois era a primeira vez que estávamos nos relacionando. E aí ao invés de eu me empenhar em criar laços, eu continuei na minha vibe de ser solitária, e por isso achei que meus pais não me amavam.


Perguntei para o Alberto quem era aquele cara que tinha ido me buscar, ele disse que era um amigo nosso, um amigo com a mesma origem cósmica nossa.


O pior é que eu já desenhei esse cara.

Desenhei, mas como nenhuma informação veio, deixei guardado.


Começo a ficar desesperada, pois sei que deveria sentir remorso, algo do tipo, mas não sinto nada. E pelo contrário, me mantenho firme na sensação de me sentir excluída por eles, minha família.


Alberto colocou a mão no meu peito e disse que eu precisava desbloquear ali, o chakra cardíaco. Meu problema estava ali.


Pedi ajuda a ele, pois eu sabia o que precisava ser feito, mas não conseguia fazer. Não sentia nada.


Ele falou que eu não precisava ficar perto da minha família, se eu não conseguia me afeiçoar a eles, ok, MAS É DE BOM TOM PEDIR PERDÃO À SUA IRMÃ.


Olhei para ela de longe, ela também me olhava com reserva. Pedi perdão mentalmente, mesmo que não estivesse com vontade de pedir. Ela só assentiu com a cabeça e os 3 saíram andando.


Olhei para o Alberto, ele disse que por hora estava bom. Ele diz que eu não era uma pessoa má, eu era uma pessoa bloqueada.

Para uma primeira experiência desenvolvendo laços, estava ok.


Ele me levou para a cabana.


Começo a sentir desespero.

Eu sou uma pessoa má.

Ele reforça que eu não sou uma pessoa má, só não sabia lidar com o que eu sentia, e eu precisava aprender a lidar com isso, pois fazia parte do meu aprendizado saber conviver, ter laços de família, viver em sociedade.


Pergunto a ele se isso do chakra cardíaco veio daquela vida de Mercador de Pesadelos.

Ele diz que sim.

E o que eu faço para desbloquear?


Vejo uma galáxia com um arco íris, ele diz que eu não pertenço a 1 lugar, eu pertenço ao universo todo. Eu precisava me dar conta disso e parar de sentir medo.



Eu tinha vindo para cá justamente para esse tipo de experiência, e porque agora estava com medo?

Peço para ele reencarnar comigo, pois como eu gostava dele, seria mais fácil manter esse sentimento encarnado, né?


Ele disse que não podia, porque já tinha passado o tempo desse tipo de prova. Ele disse que sempre estaria comigo, mas não poderia reencarnar ao meu lado.




Estou perguntando para ele quem é o Mestre do Barco.



Ele diz que o Mestre do Barco foi importante na nossa vida porque ele conseguiu desbloquear meu coração. Só que o sentimento que eu tinha por ele, ao invés de amar a todos, foquei somente nele, e a intenção não era essa. Ele me desbloqueou, mas era para eu sair pelo mundo sem medo, amando a todos e ajudando a todos.

Ele foi muito importante para nós 2, foi um tutor quando estávamos perdidos no mundo. Ele tem a nossa mesma origem cósmica.


A devoção que eu tinha por ele, eu tinha que transferir para tudo.

Por isso eu mesma tinha prometido que não iria mais vê-lo até que eu me sentisse digna, pois sabia que eu precisava sentir sozinha e agir sozinha.


HOSOKAWA?

Ele era um Hosokawa???


Ele era da casa Hosokawa.


Perguntei para ele na vida do Japão, qual que era o nome dele?


Ele era um Hosokawa.

Os Hosokawas foram um clã que acolheu o Musashi na velhice e na morte.


YOSHITAKA HOSOKAWA ???


E porque esse nome não faz nenhum sentido para mim?


Não importa quem ele foi, importa o que ele fez.



Tá bom, entendi. Então não foi o Musashi, né? Só pra saber.


Musashi se inspirou muito nesse Hosokawa, pois ele também inspirava o Musashi a ser uma pessoa melhor.

Na verdade ele (Hosokawa) foi uma pessoa que, para o tempo dele, foi um ponto fora da curva. Ele era um pacifista, acreditava na paz, no respeito e na conversa. Foi uma pessoa que inspirou muitas pessoas, porque ele tinha uma abordagem diferente das coisas.



Armadura de uma das linhagens do clã Hosokawa


Finalização sobre o Duelo na Ilha do Mestre do Barco


Ele (o Mestre) foi para a ilha por causa de um mal entendido, ele foi desfazer um mal entendido que eu tinha causado. Me chamaram para um duelo, mas ele foi no meu lugar, e foi desarmado, mesmo sabendo que poderia morrer. Ele preferia morrer desarmado do que começar uma carnificina.

-Eu vou sozinho, não tem problema. - ele me disse, com sua voz tranquila e firme.


O Alberto, nessa vida, foi aquele monge que veio me consolar na casa na campina, após a morte do Mestre.


O Hosokawa foi sozinho para a ilha e acabou sendo morto, e eu fiquei transtornada porque sabia que a culpa era minha. Ele não me deixou ir pois sabia que se eu estivesse lá, EU iria começar uma carnificina.


Eu fui morto na floresta por uma pessoa do clã dos assassinos do Mestre.

Esse povo, depois que matou o Mestre, continuou a me perseguir, e quando me pegaram sozinho em Nara, me mataram com uma flechada.

Mal sabiam que eu estava felizona com esse momento.


Fiz esse desenho em 2002, porque ele não saia da minha cabeça.


O Alberto continuou vivo, e quando descobriu da minha morte ficou BEM PUTO, ele era um monge, e foi pessoalmente falar com esse clã para pedir que a morte parasse, e o clã falou que agora estava encerrado, pois eu estava morto (a última pessoa que os tinha desrespeitado). Alberto chamou-os de assassinos, que eles usavam o nome milenar da familia deles para cometer atrocidades, que me matar não tinha resolvido nada, matar o Hosokawa não tinha resolvido nadam e se eles achavam que tinham resolvido, então eles eram mais mesquinhos do que se imaginava.


Alberto podia falar isso, pois era um bonzo (um tipo de monge) bem relacionado.

Alberto passou a vida triste com tudo isso, mas tentou não continuar essa discórdia, pois ele sabia que o Hosokawa não teria aprovado.

Quando o Alberto morreu, fui eu quem foi buscá-lo. A gente se abraçou, pulou, gritou, eu disse: OLHA SÓ! DESSA VEZ EU É QUE VIM TE BUSCAR!


O Mestre do Barco foi morto com um golpe de espada no ombro esquerdo, que abriu seu tronco na diagonal quase até a barriga.

Não sei se descobri isso na época, não sei se cheguei a ver o corpo, mas ele foi morto com um golpe só.


Eu achava que tinha que sofrer com os mesmos ferimentos, para me aproximar dele.

Já que ele morreu por mim, eu tinha que morrer do mesmo jeito.




Bom, ele está bem agora, né?

Tá suave, tá tranquilo.

Então por favor, quero encerrar esta vida e não mais me conectar a essa energia.


Me sinto aliviada.


Por que vi essa vida da minha irmã Aurora?


Aurora é a minha irmã Andreia na vida de hoje (e o pai da criatura demoníaca na época de Jesus e o meu marido na vida na Inglaterra).

Não posso ficar apegada às coisas do passado, tenho que desenvolver laços com a minha família.

Já entendi isso.


Já que você está aí, tão solícito, me conta sobre aquele lance da lança?- pergunto para o Alberto.


Eu não enfiei a lança em Jesus.

A morte de Jesus tinha me deixado bem perturbado, e tinha sido uma oportunidade de mudança, mas balancei porém não mudei.

Essa morte que eu enfiei a lança, como eu já estava bastante desestabilizado por causa da morte do menino/diabão, essa morte foi a gota d’água que me sacudiu para mudar.

Porém não mudei, né?

Saí dali, comecei a beber.



E como está o Diabão hoje?

Ele ainda está atrás de mim, mas não consegue me alcançar (não enquanto eu não me afundar).

Se eu me afundar, ele vem.



Alberto me vê como uma irmã mais velha para ele, por isso é tão grato a mim.

APESAR de eu ter arrastado ele para cá, eu sempre cuidei muito dele. Em todas as encarnações dele, eu sempre vinha primeiro, para ser mais velha e poder cuidar dele.


Acho que não tem mais nada para ver.


Me sinto de boa.


O Mestre do Barco está falando através do Alberto que eles me amam muito e estão sempre comigo. E agora que eu entendi que não posso mais me afundar, É BOM QUE EU NÃO ME AFUNDE, pois senão vão vir os desafetos, e eu tenho bastante. Mas foram feitos em épocas de ignorância, e o melhor que eu posso fazer é não ser mais cuzona.


Não posso me afundar.


Eles estão sempre me amparando, e nesse projeto de captação mediúnica é um tipo de resgate que vai fazer muito bem conforme eu prosseguir com isso.

É bom eu voltar a dar aula (mas aí vocês sabem que depende do Professor, né?), eu preciso voltar a lidar com pessoas, pois isso é importante e vai me ajudar a trabalhar esses bloqueios que tenho.


Nessa encarnação que eu vim pra desenvolver laços domésticos, estou indo bem, apesar de não conseguir perder esse lado de ser protetora (porque é uma característica minha mesmo), e está tudo bem - desde que eu não sufoque as pessoas.


Minha mãe é muito grata a mim porque eu fui mentora dela em uma vida, naquela onde ela foi filha da minha irmã (que é uma vida que elas já viram), eu fui mentora dela e impedi muito ela de fazer besteira, pois ela era meio porra loka, e eu fiquei perto das 2.


Ela me sentia muito presente, pois ela se sentia muito sozinha, minha irmã era uma pessoa muito seca, e foi daí que veio a gratidão dela a mim.


Minha irmã, depois dessa vida de Aurora, algum tipo de entendimento, de proximidade teve entre nós 2, e ela ficou muito grata a mim, e eu a ela.


Essa minha função de mediadora entre elas, estou cumprindo bem, só não posso impedir e nem manipular nenhuma das 2, mas se eu puder ligar os pontos dos canais de comunicação entre as 2, vai ser bom para todas nós.


Meu mentor nas captações é o cara que me buscou no boteco no Umbral.

Seu nome é Gustavo.


É isso.

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