A morte

Hoje, dia dos mortos, trago algumas palavras inspiradoras sobre esse tema tão temido, mal interpretado, controverso e pouco falado.

Que possamos honrar nossos mortos através da nossa vida, dos nossos valores e conquistas. Que a luz que brilha em nossos corações seja um guia não só para o nosso tempo aqui na Terra, que é finito, mas por toda nossa eternidade.

A morte

Um ponto final

Sem mais vírgulas

Sem mais parágrafos escritos

Assim meio abrupta

ou de mansinho

Anunciada ou sussurrada

Tanto faz

Sua chegada é sempre notada

Nem me preparei

Não que eu precisasse

Entenda bem,

isso é coisa da mente

que pensa

que pensa que controla

o invisível, o indomável

A morte, quem pode com ela?

Ninguém

Perto dela a gente vira menino

Desconfiado e aprendiz

Com ela a gente aprende

que nem tudo termina

depois de um ponto final

-Poema de Maria-

"Jovens queremos o impossível, e isso é bom, porque o desatino nos dá preparo físico e fôlego para a realização de nossos sonhos. Adultos, aprendemos aos poucos a nos contentar com o possível - o sucesso possível, a saúde possível, a beleza possível, a ousadia possível - e isso é bom, porque a moderação vai nos ensinando o desapego necessário para, chegada a hora deixar a vida que é vigorosa e linda demais."

Trecho do livro O arroz de Palma de Francisco Azevedo

A morte

Aquela que anda ao meu lado todos os dias

e todas as horas, a todo instante.

Tão perto de nós que por acoplada passa distraída,

parecendo e sendo eu mesma.

Senhora do poder e da calma infinita.

Tão bela é a morte que convive comigo a todo instante.

Deveria convidá-la todos os dias e todas as noites para uma conversa informal;

Morro a cada dia.

Distraio-me dessa amiga por temê-la.

E só a percebo quando num momento único de transformação maior, unifico as polaridades de uma vida e de outra.

-Poema de Celma Villa Verde-