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Se vivermos isolados no meio da natureza, podemos aprender mais do que se vivermos em comunidade?
Percebi um padrão nas minhas vidas passadas que pude observar: em uma vida eu era extremamente cabeça quente e impetuosa ( e fazia várias coisas questionáveis), e na vida seguinte, me enfiava em algum mosteiro, ashram, igreja, qualquer lugar que me afastasse do convívio com as pessoas.
Fazendo isso, achava que estava segura de me enfiar em encrencas.
Fazendo isso, evitando ao máximo interagir com outras pessoas, não tomava atitudes extremas para resolver meus problemas.
Mas ai eu pergunto: uma pessoa que se isola tem menos chance de se colocar em encrencas. Mas ela consegue avançar com sua evolução?
E o meu "problema" era culpa das outras pessoas, ou era culpa minha e da minha ignorância em saber me conter e entender?
Um monge que se isola no alto de uma montanha no Tibet, que dedica sua vida a meditar, pode testar seu conhecimento e lapidar suas qualidades da mesma forma que uma pessoa que decide viver em comunidade, lidando com outras pessoas diariamente?
A resposta pode ser sim e não. Depende das situações e depende da pessoa que escolheu se isolar ou não.
Mas para mim, só avancei na minha própria estrada quando parei de me esconder e decidi encarar meus medos (o de estar entre pessoas, entender as energias, não absorver o que não me serve, oferecer o que posso, me lapidar para sempre ser mais empática e menos crítica).
Dizer que odeia a humanidade, que prefere ficar em casa com suas plantas e pets (todos nós sabemos que a vontade de se isolar é tentadora) pode te trazer um certo atraso na sua caminhada. Não existe só eu, só você neste planeta; existem mais de 7 bilhões de almas, muitas boas, muitas em luta, muitas confusas.
Mas todas humanas.
Aqui contei a minha experiência. Talvez ela sirva para você também.
Mas o fato é que o mundo seria um lugar menos brilhante sem você, a sua alegria e a sua alma, pode ter certeza :)
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