A gente trabalha para se melhorar, mas quando alguma coisa acontece, percebemos que velhos padrões continuam ali.
Nestas semanas tive imprevistos de saúde com minha família.
Do nada, tive que sair correndo para hospital, exames, remédios. Noites sem dormir, incertezas.
E então, quando vi, estava agindo de uma forma que sempre agi (não só nesta vida, mas nas passadas também): na hora do aperto e da incerteza, fico agressiva e impaciente, como se a simples força bruta fosse resolver tudo.
Outro comportamento também: começo a sabotar minha própria saúde. O mecanismo desse comportamento é: olha, eu também estou doente, então não exija muito de mim!
Estou sendo muito sincera aqui, com vocês. Nem para mim mesma jamais admiti que estes comportamentos existiam.
Mas existem, e desta vez, encarei-os.
E adivinhem só: ao encara-los, um terceiro padrão surgiu: Eu sou um lixo, não faço nada certo. - e com isso, me coloco em uma posição de coitadinha, pedindo pela pena dos outros. Alguém, por favor, venha me consolar e me dizer o meu valor?
Jesus amado.
Vi isso tudo em um momento de meditação (tenho mantido 10 minutos de meditação diária antes de dormir), e fiquei #chateada kkkkkk.
Poxa vida, achei que eu já tinha passado dessa fase.
Mas se for parar para pensar, como podemos reprogramar velhos padrões de comportamento se não passamos por situações que provoquem eles? Infelizmente, é na prática que a gente vê, pensa e corrige. É no meio do turbilhão que a gente ainda tem que tirar um tempinho para se auto avaliar.
Então, o negócio é não desistir. A gente anda, tropeça, pode até cair, mas se ergue e continua. Descobrir nossas falhas faz parte do processo - e não é nenhum retrocesso.
Pela primeira vez em séculos de existência, pude perceber que sempre me vali da força física para intimidar e "resolver" minhas questões. Pela primeira vez em séculos de existência, pude perceber que sempre que a força física não funcionava, me prejudicava fisicamente, esperando que um perdão pelas minhas ações viessem de fora - e assim eu não precisaria olhar para mim mesma e me perdoar.
Foi assim que deixei que desafetos espirituais me arrastassem para zonas de perigo, pois eu esperava que o perdão deles aplacasse a minha própria consciência e com isso eu não precisaria fazer nada de reforma íntima.
Assim que percebi isso, fiquei sem chão.
Então, como agir????
E foi aí que tive certeza de que eu SEMPRE agi assim, desde o início da minha existência, pois não sabia como proceder de outra forma.
Mas eu vou descobrir.
Vamos de música alegre para animar essa sexta-feira, minha gente :)
Higen
MÚSICA ⋆ IT'S TIME, Imagine Dragons ⋆ CLIQUE AQUI para ouvir no YouTube ⋆
"Poxa vida, achei que eu já tinha passado dessa fase." Me identifico! kkkkk
Incrível você compartilhar! As vezes também visito os extremos e é bom saber que não estou sozinha. Eu tenho certeza que estamos evoluindo!
Quantos passos dados... Reconhecer, assumir, partilhar 🤍 abrir o coração para a cura ✨⌛
Uma coisa que eu percebi no meu processo de (re)descoberta de padrão, é que agir conscientemente na outra polaridade é uma forma de ancorar/integrar a transformação. Por exemplo: se o padrão é a agressividade, que num extremo é a violência, digamos que numa outra extremidade deste padrão está o carinho. E entre uma extremidade e outra há vários o elogio, a mansidão etc. TODO padrão pode ser transmutado, desde que para seu oposto correspondente, pois trata-se de um potencial escalável.
O mais difícil você já fez, acredite.
Tomar uma medida consciente pode não ser algo totalmente espontâneo no início... Mas não será difícil, uma vez que…