✧28/05/2024✧ Alegria ✧ Maria

Hoje, pensando na alegria, eu chorei.

Escutando uma música que já ouvi mil vezes, meu peito apertou e a lágrima desceu.

Relembrei algo que me disseram outro dia: 

• Você endureceu

Não é molezinha perceber que isso aconteceu…

Até porque isso me faz revisitar os motivos pelos quais eu realmente endureci.

É verdade. Eu criei uma capa, um escudo.

Levantei barreiras para minha proteção e sobrevivência.

E tá tudo bem! Foi o que eu pude fazer para lidar com os desafios de ser EU nesse mundo.

Talvez você possa reconhecer esse mesmo mecanismo em você.

Há tempos venho me dedicando a remover aos pouquinhos essas camadas.

Mas não é como tirar um band-aid… dói e pronto! Resolvido!

Não é assim MESMO!

A gente vai ensaiando tirar esses curativos. 

Tira um pouquinho, só uma pontinha.

Expõe uma parte da ferida.

Observa se ela está pronta pra ficar descoberta.

Vê se ela sangra, se ela infecciona. 

Tenta antecipar se ela suporta ficar sem proteção e talvez experimentar a dor…

Até que um dia a gente toma coragem e se abre, mesmo que seja só um pedacinho.

E experimenta novamente a sensação de estar VIVO! 

Pode ser que essa sensação seja boa, que seja duradoura, mas pode ser que não…

E se gerar algum incômodo, já estamos prontos para grudar novamente o curativo e voltar para o conforto da negação de si mesmo, para a “segurança”. Nessa hora a mente entra em ação, e dispara sirenes e alertas!

É como se ela disparasse a gritar: “humano em PERIGO! Próximo de cair no abismo de experimentar ser ele mesmo!” E ainda gruda uma etiqueta no peito desse humano inconsequente que diz: CUIDADO, FRÁGIL!

O “problema” é que, se você assim como eu, está aqui, é porque em algum nível você já despertou sua consciência.

E assim vai ficando cada vez mais difícil continuar se remendando…

Quando a gente experimenta estar novamente próximo a nossa essência, algo muda. É um start para algo surpreendente bom e desafiador ao mesmo tempo!

Eu escrevi esse texto para me lembrar de que é seguro ser eu mesma!

Que eu não preciso ser de determinada forma para ser amada, respeitada, valorizada… 

Me dizer que eu posso recuperar a minha menina, sapeca e sorridente. 

Eu devo isso a mim mesma.

Assumo cada vez mais esse compromisso comigo: ser mais autêntica! 

E ser autêntica, para mim representa ser mais alegre, descontraída, descomplicada e leve. 

E para você? O que representa ser mais autêntico?

Que você tenha um lindo dia!

Com amor, Maria

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