"Quando uma pessoa vive de verdade, todos os outros também vivem."
Transcrevo um trecho do livro "A ciranda das mulheres sábias" da Clarissa Pinkola Estés onde ela escreve preces de gratidão pelas várias mulheres que somos, pelas velhas sábias e pelas filhas indomáveis.
"...por todas as filhas e velhas que estão se tornando escaladoras cada vez mais astutas de montanhas místicas e que por vezes percorrem caminhos acidentados...
por aquelas que cada vez mais põem alma no que dizem, e pelos animais, águas, terras e céus...
pelas que mantém caldeirões cada vez mais fundos, que são a lente que amplia a luz do farol, que se erguem como terra firme, onde antes não havia terra...
por aquelas que estão inflamadas com o desejo de ensinar e de aprender, pelas que estão apenas descansando para poder se levantar com prazer mais uma vez...
por essas flores noturnas cuja fragrância tem um efeito profundo e prolongado, muito embora os botões estejam ocultos...
por todas as filhas e velhas que mantém as mãos não só no berço, mas também na roda do leme do mundo ao seu alcance...
por aquelas que abandonaram algo essencial e gerador de vida, e voltaram para recuperá-lo...
por aquelas que destruíram algo e pediram perdão com humildade em nome do amor...
por aquelas que deixaram algo por fazer, se esqueceram, sem captar sua importância - mas voltaram, reconstruíram, amenizaram, deram "a benção" na medida da sua capacidade...
por todas as filhas e velhas que assumiram o papel de culpadas e deram tudo de si para reparar danos causados por outros...
pelas filhas e velhas que sempre se interessam mais em ser amorosas do que em estar com a "razão"...
Por elas...
que se deem conta de como sua vida é preciosa,
de como, apesar de quaisquer imperfeições,
elas são exatamente os baluartes,
as pedras de toque, as notas fundamentais,
os paradigmas necessários."
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