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“O meu avô perguntou-me quais seriam as coisas mais belas do mundo. Eu não soube o que dizer. Pensei que poderia ser o fim do sol, o mar, a rebentação no inverno, a chuva, o comportamento dos cristais, a cara das mulheres, o circo, os cães e os lobos, as casas com chaminés. Ele sorriu e quis saber se não havia de ser a amizade, o amor, a honestidade e a generosidade, o ser-se fiel, educado, o ter-se respeito por cada pessoa. Ponderou se o mais belo do mundo não seria fazer-se o que se sabe e pode para que a vida de todos seja melhor.
Pasmei diante do seu conceito de beleza.
Ele incluía os modos de ser, esses ingredientes complexos que compõem a receita do carácter ou da personalidade, a maneira um pouco inexplicável como somos e sentimos tudo.
Convenci-me de que as coisas mais belas do mundo se punham como os mais profundos e urgentes mistérios”.
Trecho extraído de “As mais belas coisas do mundo”, de Valter Hugo Mãe.
Você consegue enxergar o que é belo no mundo?
Há tempos essa inquietação se faz presente e a entendo como um grande desafio.
É indiscutível a beleza que enxergamos no sol se pondo, nas águas do mar que batem nas rochas, na flor pequena que nasce entre os galhos, no canto dos pássaros que entra pela janela, no abraço apertado de saudade, na comida de casa que acalenta…
Tudo isso é pra mim a manifestação do divino.
Lindo, simples, puro e perfeito.
Difícil, de verdade, é ver o belo naquilo que não é convidado, mas que invade vez ou outra.
Muitas vezes sequer vai embora.
É ver o belo nos furos da armadura.
É ver o belo na vontade que me foi negada e que não entendi o porquê.
É ver o belo nas ausências.
É ver o belo nas lágrimas, nas dores, nos dias tristes.
E esse tem sido um desafio diário, que se mostra nas mais variadas formas.
Sei que preciso ver além das belezas simples, puras e perfeitas.
Ser capaz de alterar o meu olhar e colocar um filtro que refina a minha própria percepção.
E conseguir ver com beleza tudo que se apresenta aqui...no agora!
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Quanta beleza vejo nas suas palavras!
Quanta beleza vejo no seu coração!
Gratidão, Mayan!💖
Esse é um belo exercício para o hoje🫶🏻
Estava pensando nisso depois daquele exercício da Andreia, de escrever com a mão não dominante seu nome e em seguida uma palavra que vc acha bela. Escrevi SOL, mas fiquei tentada em escrever AMOR. Meu namorado escreveu TRANQUiLIDADE, pq quando ele está tranquilo ele consegue ver a beleza de tudo.
Que belo texto, jovem!
Que bonito Mayan!
Que tenhamos olhos pra ver e um coração aberto pra sentir!
Eu tava aqui pensando e sentindo o que ia postar amanhã, no meu dia, e me deparei com uma frase do Krishnamurti, que me chamou a atenção.
"Talvez a beleza seja a verdade. Talvez seja o amor. Sem compreendermos a natureza e a profundidade dessa coisa extraordinária que é a beleza, jamais chegaremos ao que é sagrado."
Uma pequena sincronicidade! 🙂